sexta-feira, 25 de julho de 2014

Milho de Pipoca




Bar, bebidas e baladas... Noites em claro, farra e galera... Música, dança e curtição...

Vivendo como a Tim - “Viver sem fronteiras”; ou como a Nextel – “Essa é minha vida, esse é meu clube”...

Não existia controle, era viver intensamente cada minuto, aliás, ninguém sabe o dia de amanhã, então não posso perder o hoje, certo?

Como eram intensos os meus momentos de alegria, eles duravam até onde eu lembrava, até onde a bebida não me dava uma certa “amnésia alcoólica”, porque no dia seguinte quando encontrava novamente a galera, metade do que eles contavam  que aconteceu eu não sabia, e claro vinha sempre aquela frase: “se eu não lembro eu não fiz...”.

Eu tinha uma agenda lotada, muito compromisso com bares e festas, tinha muitos amigos, o whatsapp não parava sempre lembravam de mim quando pensavam naquele chopp.

E os namoros? Raramente estava sozinha, sempre apaixonada, sempre morrendo de amores, afinal sempre fui intensa, e vivia amando, muitas vezes amava sozinha porque só eu gostava... Chorava, sorria, vivia para o amor. Como  era completa, feliz, uma vida sem regras.

De repente em meio aos “rolos” me vejo sozinha, sem amigos, sem saber pra onde ir, sem acreditar em mais ninguém. Um vazio toma conta de mim, as lagrimas são mais frequentes que o sorriso, o desespero de ser “alone, avulsa, solitária” foi tomando conta do meu ser.

Nessa época era como se eu fosse um milho de pipoca, um grão duro, sem gosto, amarelo e pequeno, mas achando que era muito importante, afinal as crianças usavam pra guerrinhas e os adultos para ser o “tento” no jogo de truco..

Até que um dia me derrubaram em uma panela, lá estava quente, fui aquecida num calor que ardia por dentro, fui destruída, dei um estouro e eis que surgi uma nova criatura.
Agora era “grande”, cheia com nova cor, tinha sabor, uma forma nova, resultado de uma transformação.

Essa panela foi à igreja, esse calor foi o Espírito Santo, essa transformação foi à destruição daquele grão para ser algo moldado por Deus.

“Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos.” Isías 64:8

Se for comparar um grão de milho com a pipoca, ao olhar já se percebe como um é tão duro e o outro macio, como um é tão pequeno e o outro grande e bonito.

Viver sabendo que Deus é quem habita em nós é grandioso demais, é prazeroso sentir-se cheio do Espírito Santo, permanecer nele é uma paz que não tem explicação, é uma certeza de não estar só.


O verdadeiro amor não está relacionado às paixões do mundo que nos torna confusos e dependentes de pessoas.

“O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?” Jeremias 17:9

O verdadeiro amor é o de Deus, porque Deus é amor, e Ele criou cada um de nós por causa do seu amor.

Viver sem limites é viver sendo controlada por Deus, isso é emocionante, é adrenalina pura, é fazer coisas que jamais imaginava fazer um dia e ter o sentimento de estar feliz e satisfeita no amor de Deus.

“Felizes os que confiam no Senhor(...). São como árvores plantadas as margens de um rio, cujas raízes alcançam águas profundas. Taís arvores não são afetadas pelo calor nem se preocupam com longos meses de seca. Suas folhas permanecem verdes e produzem um fruto delicioso.” Jeremias 17:7-8



terça-feira, 22 de julho de 2014

Linha na Pipa



A intimidade com Deus está no simples, Ele conversa conosco a todo momento.

Ontem mesmo uma amiga me contou que estava no parque observando uma criança soltando pipa, era claro a dificuldade com a linha. Quando ele puxava a linha da pipa contra ao vento para faze-la subir, ele não ia enrolando e sim deixando aquela linha cair ao chão onde embramava toda e essa criança tentava por alguns segundos apenas tirar o nó da linha, mas logo desistia, arrebentava, emendava e continuava a soltar sua pipa. Ele não perdia tempo e nem o vento por causa de uma linha embramada caída ao chão, ele queria aproveitar o agora e levantar voo, queria aproveitar o vento e dar “linha na pipa”.

Quanto tempo passamos querendo “desembramar nossas linhas” ao invés de darmos atenção ao que Deus tem para nós?

Ele pode estar do nosso lado, nos dando o vento para levantarmos voos nas pipas, enquanto perdemos tempo com a linha que enroscou em gravetos no chão.

Viver na presença de Deus é dar atenção a pequenas coisas, ao simples, é se importar com o que tem importância a Ele. É sermos atenciosos e sensíveis para perceber a presença de Jesus como Maria e não como Marta...

“...Marta, Marta, você se encontra tão preocupada com todos esses serviços caseiros! Há realmente apenas uma coisa necessária com que devemos nos preocupar. E Maria descobriu o que é, e ninguém poderá tirar isso dela!” Lucas 10:41-42

O dia amanhece e muitas coisas estão do mesmo jeito. Levantamos já pensando que dia é hoje, o que temos que fazer, será que vai dar tempo disso, será que vai dar tempo daquilo...

            A correria é sempre a mesma, e deixamos muitas vezes de nos alimentar da presença grandiosa de Deus...


Ao abrir os olhos não deixe que seu pensamento fuja para as coisas do mundo, mas agradeça a Deus por mais um dia, abra os olhos às pequenas coisas que nos são dadas diariamente, permaneça na presença de Deus momento a momento, se atualize que é Ele que está em você e viva intensamente nesse amor gracioso.

Quantos erros, crises, dores o passado já nos deu? Viver disso é permanecer na angústia, é viver para o mundo.

Viva o hoje, o agora!  Sinta o permanecer do Espírito Santo em você, permita-se ser renovado toda manhã..

“O grande amor de Deus nunca termina. A única razão por não sermos completamente destruídos é a misericórdia do Senhor. Ela é inesgotável. Ela se renova a cada manhã; grande é a sua fidelidade”. Lamentações 3:22-23